Aposta não é investimento: entenda os riscos por trás das promessas fáceis
Nos últimos anos, plataformas de apostas online, conhecidas como bets, e joguinhos de celular que oferecem supostos “lucros rápidos” se popularizaram entre os brasileiros — impulsionadas, principalmente, por influenciadores digitais que prometem ganhos altos, com pouco esforço. Mas por trás dessa propaganda sedutora, existe um cenário preocupante de endividamento em massa, vício e graves consequências para a saúde mental e financeira da população.
Apostas e endividamento: uma combinação perigosa
A falsa ideia de que apostas representam uma forma válida de investimento tem levado milhares de pessoas a comprometerem seu orçamento mensal, e até suas economias, em busca de retornos ilusórios. Dados divulgados pelo Itaú no ano passado, mostram que a situação é grave: no período de 12 meses, os brasileiros tiveram um prejuízo de quase R$ 23 bilhões com essa prática.
Além disso, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Mercado (Ambima), o número de pessoas que apostaram em casas de aposta online já é maior que o de investidores da Bolsa de Valores Brasileira (B3). Segundo a pesquisa, 14% dos brasileiros apostaram online, enquanto que apenas 2% investiram na B3.
O vício em apostas é um assunto tão sério que é tratado pelas autoridades como uma questão de saúde pública. Classificada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência em jogos, também conhecida como ludopatia, afeta o comportamento das pessoas, causa ansiedade, depressão, perda de produtividade e isolamento social. No Brasil, especialistas já falam em uma epidemia silenciosa, agravada pelo fácil acesso às plataformas e pela normalização do tema nas redes sociais.
A diferença entre aposta e investimento
É fundamental entender que investir e apostar são coisas totalmente diferentes. O investimento é uma prática baseada em planejamento, conhecimento, dedicação, objetivos de longo, médio e curto prazo e gestão de riscos. Já a aposta depende majoritariamente da sorte e, em muitos casos, é estruturada para favorecer o lucro das empresas que operam os jogos, não dos apostadores. Ou seja, enquanto o investimento contribui para o crescimento do seu patrimônio, as apostas frequentemente geram frustração, perdas financeiras e desequilíbrio emocional.
O papel da DF-PREVICOM no incentivo à educação financeira
Na DF-PREVICOM, nosso compromisso vai além da previdência complementar. Acreditamos que a educação financeira é uma ferramenta poderosa de prevenção contra o endividamento, contra decisões impulsivas e contra práticas que colocam em risco o bem-estar dos nossos participantes. Por isso, reforçamos: aposta não é investimento. Desconfie de promessas milagrosas, avalie bem seus hábitos de consumo e invista em soluções que oferecem segurança, estabilidade e resultados reais.
Como buscar ajuda
Se você ou alguém próximo está enfrentando dificuldades com apostas, procure ajuda. Existem grupos de apoio e serviços psicológicos especializados em tratar esse tipo de dependência.
Lembre-se: cuidar da sua saúde financeira é também cuidar da sua saúde mental. Conte com a DF-PREVICOM para caminhar ao seu lado na construção de um futuro mais seguro e equilibrado.